Dobrar papel para compor formas pode ser um simples passatempo.
Mas pode significar muito mais.
As dobraduras podem abrir as portas de um universo onde estão presentes a arte, a ciência, a disciplina e a beleza.

Um pouco de história

   No ano de 105 d.C., T'sai Lao, intendente no palácio do imperador chinês, começou a misturar cascas de árvore, panos e redes de pesca para substituir a sofisticada seda utilizada para escrever. Com certeza, ele não poderia imaginar a utilização que a humanidade faria desse invento chamado papel.
   É certo que a arte de dobrar papel teve origem na China a partir do seu manuseio. Mas, pelo que se sabe, a dobradura não é muito popular nesse país. No Japão, essa arte é chamada de origami e converteu-se numa prática comum assim que o custo do papel caiu, sendo hoje considerada um patrimônio da cultura japonesa.
   No início, o origami tinha caráter simbólico nos rituais shintoístas, mas sua dessacralização ganhou terreno paralelamente à redução dos custos do papel. Quando as classes mais populares começaram a ter acesso ao material, a popularidade das dobraduras aumentou e as crianças passaram a aprender com suas famílias. As figuras representavam objetos da vida diária, animais e outros. Muitas dessas peças são dobradas até hoje, tendo, algumas, rara beleza. Beleza essa, em grande parte vem da leveza do papel artesanal utilizado.
   Hoje, o origami é popular, praticado não somente por crianças, mas por todos que tem paciência, dedicação  e carinho.

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